Ao menos 200 pessoas estão desaparecidas após avalanche de lama e rejeitos atingir a comunidade Vila Ferteco. Presidente Bolsonaro diz que tragédia podia ter sido evitada
Imagens da barragem de
Brumadinho. CORPO DE BOMBEIROS MG/DIVULGAÇÃO
São Paulo 25 JAN 2019 - 22:35 CET
Uma barragem da mineradora
Vale rompeu no início da tarde desta sexta-feira em Brumadinho, cidade da
região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, causando uma avalanche
de lama e rejeitos de minério de ferro que soterrou parte da comunidade da Vila
Ferteco, área rural do município. Segundo a Vale, ao menos 300 funcionários
atuavam no local no momento quando ocorreu o rompimento da barragem na Mina
Feijão, que estava desativada desde 2015. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil
do Estado trabalham na busca e resgate de feridos e fale em mais de 200
desaparecidos, mas até o início da noite não havia confirmado o número de
vítimas nem se há mortos no local. O novo desastre ambiental com uma barragem
da mineradora Vale ocorre pouco mais de três anos após a tragédia de Mariana.
O presidente Jair Bolsonaro
lamentou o ocorrido por meio de notas em suas redes sociais. "Nossa maior
preocupação neste momento é atender eventuais vítimas desta grave
tragédia", afirmou. O Governo ativou um gabinete de crise, coordenado
pelos ministérios do Desenvolvimento Regional e do Meio Ambiente. O presidente
irá ao local do desastre neste sábado, 26 de janeiro.
- Lamento o ocorrido em
Brumadinho-MG. Determinei o deslocamento dos Ministros do Desenvolvimento
Regional e Minas e Energia, bem como nosso Secretario Nacional de Defesa Civil
para a Região – Jair Bonsonaro.
A Vale acionou o Corpo de
Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens. "A
prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de
empregados e de integrantes da comunidade", disse a empresa em nota. A
tragédia ambiental de Brumadinho fez cair em 8% as ações da mineradora na Bolsa
de Nova York nesta sexta-feira.
Por volta das 13h30, a
Prefeitura de Brumadinho alertou em suas redes sociais para a população da
cidade manter distância do leito do Rio Paraopeba. A reportagem, que tenta
chegar ao local, encontrou vários acessos fechados.
Já o Instituto Inhotim, o
museu a céu aberto de arte contemporânea localizado em Brumadinho, informou
através de suas redes sociais que o parque foi esvaziado por precaução.
"Devido ao rompimento da barragem em Brumadinho (MG), o Instituto Inhotim
comunica que realizou o esvaziamento da área de visitação do Museu. Todos os
funcionários e visitantes foram orientados a deixar o local, conforme
recomendação da Polícia Civil.", completou o Instituto, em nota divulgada
às 15h30. Inhotim é um dos principais destinos turísticos do Estado de Minas
Gerais e recebe milhares de turistas todos os meses.
Também através de uma nota, o
Ministério do Desenvolvimento Regional informou que está "monitorando e em
contato constante com as equipes de Defesa Civil".
O rompimento da barragem da
Vale em Brumadinho acontece três anos após o desastre de Mariana, a maior
tragédia ambiental do Brasil, que aconteceu em novembro de 2015. Na ocasião, a
barragem de Fundão, da Samarco (propriedade da Vale e da BHP), se rompeu,
matando 19 pessoas e provocou um tsunami de lama que avançou sobre a bacia do
rio Doce até chegar ao litoral do Espírito Santo.
Vídeo que circula nas redes
mostra estrago do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na região
metropolitana de BH. Bombeiros trabalham no local
Fonte: brasil elpais
Fonte: gauchazh
(foto: Arte/EM)
Fonte: EM
Fonte: Agencia Brasil
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